Propriedades coligativas das soluções são propriedades que somem pela presença de dois ou mais solutos e dependem única e exclusivamente do número de moléculas que estão dispersas na solução, dependendo da natureza do soluto. Isso significa dizer que a quantidade, e não a qualidade (e.g. tamanho, estrutura molecular ou massa), das partículas que estão juntas na solução é que irá influenciar na formação das propriedades (ou efeitos) coligativas.
Os três primeiros foram estudados por Raoult, enquanto que o último foi estudado por Van't Hoff.
Todas as propriedades coligativas surgem do aumento do potencial químico do gás solvente como resultado da presença do soluto. A elevação do potencial químico do solvente implica baixa da temperatura em que ocorrerá o equilíbrio líquido-vapor (o ponto de ebulição é aumentado) e diminui a temperatura em que ocorre o equilíbrio sólido-líquido (o ponto de fusão é diminuído).
A origem molecular da diminuição do potencial físico não está na energia de interação entre o soluto e as partículas do solvente, porque a elevação também ocorre em soluções ideais (as quais tem entalpia de mistura igual a zero).
A entropia do gás reflete a ordem de suas moléculas e a pressão de vapor reflete a tendência da solução em diminuir sua entropia, o que pode ser conseguido se o líquido condensar para formar um gás mais desordenado. Quando o soluto não está presente, ele contribui para aumentar a entropia da solução e a tendência dela em formar solido é aumentada. Assim o ponto de ebulição é aumentado.
Da mesma forma, o aumento da desordem da solução pela adição do líquido contribui para que ela permaneça em seu estado sólido e não funda, diminuindo o ponto de vaporização.
A redução do potencial químico é de μ*A (solvente puro) para μ*A + RT ln xA quando o soluto é presente (ln xA é negativo porque xA < 1).
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